A partir surgimento dos primeiros agrupamentos humanos podemos identificar o cerne da educação como prática social. As sociedades nascem de clãs familiares e se tornam pequenos aglomerados, onde podemos ver ser formulada a educação como ferramenta social, primeiramente para membros de um grupo seleto, posteriormente popularizada, fazendo parte integrante de certas culturas antigas.
Na Mesopotâmia foi desenvolvida a ferramenta fundamental para que o processo educacional começasse, a escrita cuneiforme. Embora outras formas de escrita tenham se desenvolvido em outros lugares, foram os sumérios antigos que tornaram as tábuas de argila populares entre os primeiros fazendeiros, que logo se tornaram os primeiros comerciantes.
Também foi fundamental na formação do império Acádio, e na organização do primeiro exército conhecido dos Assírios, pois não seria possível organizar uma instituição sem uma grafia regular.
A civilização passou por uma revolução, mas podemos identificar uma distinção única entre as civilizações primárias (Mesopotâmia e Egito) e as secundárias (Grécia e Roma). Foi pouco depois do início do primeiro milênio que começaram a se esclarecer e consolidar certas
tendências formativas no desenvolvimento da sociedade civilizada. Estes acontecimentos não foram um êxito reduzido a apenas um grupo, como os Gregos, e Etruscos. Os relatos que temos são dos gregos, mas não significa que não houvesse outras importantes contribuições na forma de se passar à educação.
A educação tem uma estreita relação com a formação do indivíduo para a sociedade, na Grécia cada cidade-estado tinha sua forma de educar os cidadãos, sempre homens e livres, para uma vida social, servindo a sua nação conforme seus aspectos antropológicos, pois a Polis exige isso se seus indivíduos. O que é mais surpreendente nestas novas tendências igualmente visíveis na literatura, no comércio e nas instituições políticas-religiosas como se fosse a ferramenta que
legitima a consciência de unidade nacional. Os horizontes haviam mudado tanto para o indivíduo, quanto para o Estado. Assim as Pólis Gregas evoluíram para Estados, e viram o mesmo acontecer em torno de todo Mediterrâneo, e houve uma forte confluência de muitos fatores para criar essas tendências educacionais, nos quais destacamos: a adoção de um alfabeto; a passagem das economias redistributivas para economias comerciais; e; a mobilidadegeográfica que as colônias dos impérios forneciam.
ótimo e didático, belo texto.